|Let me fly away with you|.|Give me more than one caress, satisfy this hungriness|.|Let the wind blow through your heart|.|For wild is the wind, wild is the wind|.|For we're like creatures of the wind, and wild is the wind|.|Wild is the wind…|

17
Mar 08

   

 

Pic by Kedralynn


Os espaços mudaram e, com eles, novos sonhos e desejos e sensações se criaram. Na bagagem cheia de restos de verão nada, no fundo, lhe era importante. Olha pela varanda, na cidade que elegeu e descobre o seu lugar nas mãos dele.
Tantos sonhos que teve, aguns por concretizar ainda, e embebeda-se no seu olhar.

 

Tudo o que ficou para trás vai e volta. Mas, naquelas paredes, cravadas de memórias e também outras coisas passadas cria flores e descobre uma dança nova.
Uma mulher, com tantos receios de menina. Já não caminha sozinha, já não controla o seu destino como outrora. O olhar cheio de esperança e a doçura do olhar dele dão-lhe respostas que pensou não encontrar.


Vive nas ondas do mar, selvagens, e nas areias frágeis erguidas em castelos de areia. Ele cria uma espécie de alicerces que fazem crescer este novo mundo cheio de surpresas e fantasmas. Os dois juntos, às vezes receosos, outras inquietos, escrevem novas páginas.

publicado por nOgS às 16:25
sinto-me: Happy
música: Dance Me to the end of Love . Madeleine Peyreux
tags:

02
Ago 07

 

 

 

No meio de uma floresta encantada onde coexistem os sonhos e pesadelos. Fadas, duendes, dragões e monstros lutam por um reino perdido.

Tentei esconder-me desse mundo. Mas todos os passos que dei formaram círculos em seu retorno.  Esse é o meu mundo, por muitos labirintos que percorra.

Entrei nele de novo, na esperança de me encontrar.

Escondi-me, perdi-me...

Tu,

Encontraste-me.

E deste-me a mão.

Seguimos juntos.

 

publicado por nOgS às 00:18
música: Stairway to heaven
sinto-me: Encantada

01
Jul 07

 

Pic by Maggandalf

 

Estava nervosa...

Talvez ainda mais do que da primeira vez que o viu. Abraçou-o com força tentando acalmar a imensa saudade e o palpitar louco do seu peito. Não sabia se o beijaria nos lábios ou na face, por isso abraçou-o apenas. Nesse abraço chorou por dentro, pela felicidade do abraço devolvido e pelo receio desse não ser seu.

Quase não conseguia falar, congelou os gestos apesar de manter um sorriso na cara e um olhar fascinado. Ouvia-o com atenção, conversou também. Mas estava frágil demais para enfrentar com naturalidade o facto de o ter ali.

Sentia-se desnuda com ele, apesar do corpete preto que vestiu armando o peito. E, quando deixaram de falar dos seus quotidianos, aquelas palavras ansiosas – o que querias falar comigo sobre nós? – derreteram os ferros da sua armadura. Como fios de algodão começaram a entrelaçar-se, as palavras. Quando se quer tanto algo tem-se sempre receio de o dizer.

As palavras a preto e branco, o peito de um laranja intenso. Confundiu-o, confundiu-se. Quis-lhe dizer que queria tê-lo todos os dias, mas na impossibilidade disso preferia não o ter nunca mais. Mas o peito laranja de cada vez que o tem impôs-se e impetuosamente beijou-o nos lábios. De mãos apertadas pareciam ambos frágeis, mas no corpo existia uma força demasiado intensa para ignorar.

Com as imagens a preto e branco do sofrimento passado, da ausência, dos receios... Tudo se dissipou nesse laranja intenso que se criava sempre que se encontravam.

Nada prometeram um ao outro, mas despediram-se com a esperança de o laranja um dia triunfar...

 

 

[São histórias como esta que me fazem acreditar que nunca é tarde para arriscar, mas que talvez exista um momento certo para tal.]

 

publicado por nOgS às 23:36
sinto-me: Orangine
música: Absolute beginners

26
Mai 07

Your bitter sweet embrace by Esquecida

 

Pic by Esquecida

 

Abraço o corpo

sozinha,

e de noite

vou-te procurando

entre os lençóis.

 

(em segredo)

publicado por nOgS às 02:40
sinto-me: Lonely
música: Everything is not the same – Zita Swood
tags: ,

19
Mar 06

 

 

Acordar a meio da noite com o coração aos pulos como se a respiração fosse rebentar naquele preciso momento. Esquecer que se está sozinho. Que a cama está vazia e que, mesmo assim, não te apetece sair dela. A chuva bate na janela como se alguém chamasse por ti constantemente. Reviras-te e aninhas-te de novo no teu mundo. Fartaste-te de ter alguém só por ter ou porque sabe bem simplesmente saber que se tem alguém. Tu... És como eu. Fartaste-te da banalidade com que se usa a palavra amor. E agora já nem sequer a pronuncias a ninguém. Se perdeste o significado dela? Se desacreditas nos que ta disseram ao longo dos tempos? Não sei. O Amor pelo Amor... Esquece as palavras! Ouve o som das gotas de chuva que suplicam por um olhar teu. Sente o calor dos raios de sol que se rasgam intensamente só para sentirem o toque da tua pele. Abre os braços e abraça o vento, porque ele sopra louco na ânsia de te encontrar. Faz castelos na areia, mergulha no mar, passeia pelo campo, sente o cheiro das flores... Porque todos mostram o seu esplendor só para ti. Esquece tudo, esquece todas as banalidades do dia-a-dia, esquece as conversas de ocasião, esquece os compromissos, as promessas, as desilusões, esquece. Ama sem medo, sem receios. Eu estou farta desta censura. Aborrece-me que todos me digam que devia fazer "assim ou assado", porque lhes custa quando me vêm sofrer. Mas o que é afinal o amor sem sofrimento? Será que ainda acreditam em contos de fadas? Eu acredito em ti, só em ti se existires e acreditares no que digo não só por dizer. No que sinto sem receio de o continuar a sentir. Umas lágrimas aqui, outras ali. Umas noites sem dormir. O jantar que se esqueceu. O ar pálido de saudade. Tudo em vão, dizem-me... Mas eles não viram, não sentiram o suave toque da tua pele. O teu sorriso brilhava de tantas e tantas formas em cada momento que me olhavas. Não sabem, não sentem a beleza do que me disseste tantas vezes com um simples olhar. Censuram-me, dizem-me que devia ter alguém, que fique sempre, alguém que me dê estabilidade. Mas nunca me perguntaram se era isso que eu queria. Não é. Quero apenas guardar-te comigo. Não como uma caixinha de jóias ou como um objecto qualquer. Quero guardar-te como és. Perguntam-me se todos os riscos, ou todo o sofrimento é compensado pelos breves momentos em que existimos juntos... Nesta utopia. A minha resposta é um sorriso mudo. Se me perguntares o significado da palavra amor, não to saberei decerto dizer. Sei uma coisa, tal como a chuva, o sol, o vento sabem de mim... O Amor pelo Amor não se exprime por palavras.

 

 

 

 

[E aqui fica este espaço em branco para que saibas que é aqui, nele, que está exprimido o meu amor por ti]

publicado por nOgS às 03:09
música: Wild is the wind – David Bowie
sinto-me: in love

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